Crédito: Eliandro Figueira |
A empresa John Deere, com sua linha de máquinas pesadas e equipamentos para construção, anunciou que investirá R$ 80 milhões para nacionalizar a produção de tratores de esteira, atualmente importados. O anúncio acontece apenas dois anos após a companhia inaugurar duas fábricas de linha amarela em Indaiatuba, investimento de US$ 180 milhões realizado em parceria com a Hitachi Construction Machinery, dos quais US$ 124 milhões foram investidos pela John Deere. O projeto prevê a ampliação de três mil metros quadrados da unidade para a produção dos modelos 700J, 750J e 850J. Os primeiros equipamentos estarão disponíveis para o mercado a partir de 2018. “Ficamos felizes com mais esses investimento em Indaiatuba para ampliação da unidade da John Deere”, comenta o prefeito Reinaldo Nogueira (PMDB).
A nacionalização resultará na criação de pelo menos 50 empregos diretos e 200 indiretos. Além disso, permitirá que os equipamentos se enquadrem aos diferentes programas de financiamento de máquinas para clientes brasileiros, permitindo inclusive a exportação destes itens para demais países da América do Sul. Atualmente são produzidos no Brasil oito modelos de pás-carregadeiras, cinco escavadeiras John Deere e quatro da Hitachi e uma retroescavadeira. São importados três modelos de pás-carregadeiras, um de escavadeira e três modelos de motoniveladoras montados em regime de SKD (Semi Knock-Down).
“Nossa estratégia traçada em longo prazo independe de oscilações temporárias do mercado, o que nos permite oferecer alternativas eficientes de produtos e serviços aos clientes. Estamos seguros que estamos contribuindo para o fortalecimento dos segmentos de infraestrutura no Brasil”, ressalta Roberto Marques, diretor de Vendas da divisão de Construção e Florestal.
Roberto afirma que a decisão da nacionalização foi tomada para garantir o acesso dos clientes a um portfólio completo. “Isto proporciona maior agilidade para as demandas do mercado local, tanto nos setores de infraestrutura, construção e mineração, como também no agrícola. Por conhecermos as necessidades dos clientes, poderemos moldar melhor nossos produtos, com agilidade na entrega e possibilidade de acessar crédito na aquisição”, completou.