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Médico Veterinário dá 15 dicas para os cães e gatos não sofrerem hipotermia e nem ficarem doentes
Nas estações mais frias do ano as pessoas mudam naturalmente seus hábitos, passam a se cuidar mais para manterem-se aquecidas e assim evitar doenças. Mas muita gente esquece - ou desconhece - que estas mesmas preocupações devem se estender aos animais de estimação.
O Médico Veterinário Luciano Granemann e Silva, diretor da Clínica e Hospital 24 horas Cão.com, de Florianópolis, explica que o primeiro cuidado é manter as vacinas em dia (devido à queda na imunidade), inclusive a da gripe. Além disso, é preciso ficar atento a questões como ingestão de água, alimentação, local de dormir, aquecimento corpóreo, passeios na rua, banho, tosa, entre outros.
"São atitudes simples, mas que podem evitar sofrimentos desnecessários e enfermidades nos cães e gatos como problemas nos rins devido à redução no consumo de água ou dores nas articulações por causa do frio. Da mesma forma, aumenta a incidência de alergias e doenças respiratórias, como rinite, bronquite, pneumonia e asma, sendo essa última mais comum em gatos", afirma Luciano. Se for percebido algum sintoma, o correto é procurar o quanto antes um profissional veterinário para fazer uma avaliação e repassar as orientações necessárias, antes que o quadro se agrave.
"A atenção deve ser ainda maior com os animais de pelo curto, raças pequenas, filhotes e idosos, pois estão mais propensos aos efeitos da queda de temperatura", alerta o médico veterinário. Segundo ele, todos os anos, nesta mesma época, ocorre aumento no número de atendimentos de enfermidades relativas ao frio na clínica Cão.com. "Mais de 50% dos casos que recebemos têm esta característica", afirma.
Para evitar problemas com seus pets no inverno, Luciano dá algumas dicas de prevenção e cuidados básicos:
15 DICAS PARA CUIDAR DO SEU PET NO INVERNO
Infográfico PET no Inverno
1 - Como identificar se está com frio – O primeiro passo para garantir o conforto e a saúde de cães e gatos no inverno é saber identificar se estão com frio. Para isto basta observar o comportamento deles, se estão procurando locais para se aquecer como: a base do fogão, o cantinho do motor da geladeira, as pernas dos seus tutores ou subindo no sofá e na cama.
2 - Alimentação - Para manter a saúde dos pets nos meses frios uma boa alimentação é fundamental. É preciso que se alimentem com mais frequência, criando um lanchinho extra, principalmente nos horários em que está mais frio. Existem formas de estimular o apetite deles, como oferecer alimentos mais apetitosos e com texturas. Alguns bichinhos preferem comidas secas e duras, outros gostam de mais úmidas. Então a dica é conhecer bem o gosto do seu pet e caprichar no cardápio.
3 - Roupas e caminha - Dentro de casa os cães geralmente não necessitam de roupas. Mas no caso dos mais friorentos e com pelo curto, podem-se usar casaquinhos e jaquetinhas, que deixam eles ainda mais charmosos. E muitos deles adoram! Evite peças de lã e dê preferências para as 100% algodão. Opte por tecidos leves e modelos confortáveis. Mas se o cão se sentir incomodado, melhor não usar. Já a caminha deve ser isolada do piso frio.
4 - Aquecedor – Se for usar aquecedor é preciso tomar algumas precauções. Em espaços muito pequenos existe o risco dos animais se queimarem. Atenção também à umidade porque o aquecedor tende a ressecar bastante o ambiente, o que é prejudicial à saúde dos bichinhos.
5 - Passeios – Os passeios devem ser mantidos mesmo no inverno. Mas evite os horários mais frios e dias de chuva e vento. Cuidado também com os dias ensolarados, quando não dever ser esquecido o protetor solar caso seu animal costume fazer uso (principalmente cães de pele clara).
6 - Locais fechados – Evite ficar com o seu pet em locais fechados e com pouca ventilação, onde haja outros animais, pois existe o risco de contaminação.
7 - Água – Um dos principais problemas do inverno é que os animais reduzem a ingestão de água, o que pode causar desidratação. A saída então é incentivar o consumo, trocando a água com mais frequência e colocando os recipientes próximos ao local onde dormem. Os animais também devem praticar mais atividades físicas, o que estimula naturalmente a ingestão de água. Outra dica é adicionar líquido à ração ou optar por alimentos específicos para isto. No caso de gatos, vale à pena investir numa fonte.
8 - Vacinas e vitaminas – Uma boa forma de prevenção é a vacina contra a gripe, que deve ser tomada de preferência entre os meses de março e abril, antes da chegada do inverno. Quanto às vitaminas, normalmente não são necessárias, mas é uma tendência de mercado e tem crescido bastante esta demanda. Mas só devem ser utilizadas com orientação veterinária, pois o excesso pode ser prejudicial.
9 - Tosa – O indicado é manter a pelagem do animal mais alta, pois é uma proteção natural contra o frio. A tosa deve ser feita no início do outono para durar todo o inverno, bastando nos meses seguintes aparar e escovar os pelos. Faça apenas a tosa higiênica.
10 - Dormir com tutor – Muitos tutores não resistem ao aconchego de dormir com seu pet nos dias frios, mas este hábito não é recomendado por uma questão de educação, hierarquia e controle social. Mas se o animal estiver bem cuidado, com as vacinas e vermífugo em dia, e não tiver problemas de pele ou outra doença contagiosa, tudo bem.
11 - Banhos – Banhos em excesso retiram a proteção natural da pele dos animais. Por isso, a recomendação é que tomem banho de uma a duas vezes por mês, no máximo. Isto vale tanto para cães como para gatos (mas se o felino não for acostumado a tomar banho, não é recomendável). Mas é preciso ficar atento à temperatura da água e do secador, que não pode ser muito elevada. E deve-se esperar pelo menos 20 minutos para o animal ir para a rua, para evitar choque térmico.

12 - Sintomas da gripe – 
Fique de olho no seu animalzinho e atento a qualquer sintoma de gripe. Os principais são: tosse, espirro, abatimento, dificuldade respiratória, corrimento no olho ou nariz e alteração na respiração.

13 – Alergias e doenças de pele – 
Espirros em cães e gatos e nariz escorrendo podem ser sinais de alergias. A recomendação é que donos observem se esses sintomas não estão associados a alguma mudança recente na casa, como uma coberta, tapete ou roupinha nova. Em alguns casos, eliminando a causa, os sintomas logo desaparecem. É importante também manter a casa ventilada e livre de umidade. O ressecamento da pele é outro problema comum, cujos sintomas são coceiras em diferentes partes do corpo e lambidas nas patas.
14 - Cães idosos e filhotes – Estes são os dois grupos de maior risco de enfermidades no inverno porque têm capacidade menor de conservar a temperatura – e no caso dos filhotes, gastam energia muito rápido. Por isso, com eles todos os cuidados citados acima devem ser redobrados.
15 - Cães de guarda – Estes, ao contrário, são mais resistentes ao frio, mas mesmo assim precisam de um lugar para ficar abrigados das baixas temperaturas, da chuva e do vento. O ideal é uma casinha de madeira, com chão elevado e protegida da chuva e correntes de ar. Eles não costumam gostar de colchonetes, que tendem a destruir e dormir no chão.


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