O belga da DS Penske espera ter um melhor ritmo de corrida este ano, e quem sabe, voltar a vencer na Fórmula E
Crédito: Fia Fórmula E |
Vindo de um título na oitava temporada do Campeonato Mundial ABB FIA Fórmula E, o belga Stoffel Vandoorne tentou defender o título no ano passado e teve em São Paulo o seu melhor início de fim de semana, quando conquistou a Julius Baer Pole Position do primeiro E-Prix da categoria no Brasil.
Mas, o que parecia ser o melhor fim de semana de Vandoorne até então na temporada, foi por água abaixo após as primeiras voltas, onde por conta da maior reta da competição, justamente a passarela do samba paulista, a troca de pilotos na liderança foi constante: 11 vezes! Para o belga, foi impossível segurar os carros com powertrain Jaguar e Porsche, e no fim, terminou em sexto lugar. Inclusive, atrás de seu companheiro de DS Penske, Jean-Eric Vergne.
A vitória na ocasião ficou com o neozelandês Mitch Evans (Jaguar TCS Racing), seguido pelo seu compatriota Nick Cassidy (então piloto da Envision Racing e atualmente companheiro de equipe de Evans na Jaguar). Sam Bird, companheiro de Evans na temporada passada e hoje na NEOM McLaren, completou o top-3 do E-Prix de São Paulo da temporada passada. E apesar de parecer frustrante, este foi um dos melhores resultados de Vandoorne na temporada, atrás apenas do 4º lugar na corrida 1 em Jacarta, e o 5º na corrida 2 em Londres.
“Foi um bom dia para nós, conseguimos a pole position. Mas na corrida, nós pagamos um pouco o preço de ficar a frente dos demais. Foi à primeira corrida em que tínhamos os pelotões se aproveitando do vácuo do líder. E, obviamente, liderando a corrida, eu me prejudiquei um pouco para a última fase da corrida, onde não tive condições de brigar pela vitória”, explicou Vandoorne, relembrando que foi a primeira corrida onde os pilotos adotaram uma estratégia semelhante a das provas de ciclismo, onde o pelotão segue o vácuo do líder e desta forma, tem menos gasto de energia e menos resistência do ar.
Apesar disso, Vandoorne acredita que para este ano, possa repetir o desempenho nos treinos e quem sabe desta vez, conseguir um melhor resultado na corrida, já que todas as equipes evoluíram desde então e hoje, possuem um maior conhecimento do GEN3, o atual carro da Fórmula E que estreou na temporada passada.
“Acredito que é possível repetir a performance da qualificação do ano passado. Foi um pouco de um ponto de virada para nós na temporada, em que tivemos resultados difíceis nas primeiras corridas, e depois conseguimos mudar o carro um pouco, mudar a filosofia do setup um pouco para São Paulo, e imediatamente isso melhorou a performance em geral do nosso carro, o que foi bom”, explicou.
Por fim, Vandoorne comentou sobre a diferença entre os carros da Jaguar e Porsche em relação aos demais do grid, algo que ficou um pouco mais nítido justamente na etapa de São Paulo, onde o pódio foi dominado pelos carros da Jaguar após um domínio da Porsche nas provas anteriores. Ainda assim, a DS Penske conseguiu colocar seus dois carros no top-6 da primeira corrida da Fórmula E no Brasil.
“Acredito que como um time, estamos muito mais robustos. Temos melhores procedimentos e evoluímos as formas de funcionamento. E confirmamos essa evolução nas primeiras corridas deste ano. Temos ido bem nos qualificatórios e acredito que melhoramos o nosso ritmo de corrida, mas ainda falta um pouco em comparação com Jaguar e Porsche. Eu acho que, infelizmente, não há uma solução rápida para isso. Para ficar no mesmo nível deles, vamos precisar de um pouco mais de tempo. Mas, no entanto, nós temos que fazer o nosso melhor e garantir que nós executemos tudo perfeitamente”, completou Vandoorne.
O E-Prix de São Paulo 2024 será realizado no dia 16 de março no Sambódromo do Anhembi, e os ingressos já podem ser adquiridos através do site da Eleven Tickets.
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