Arte edificada: jovens arquitetas e universitárias contam detalhes da profissão escolhida

As jovens universitárias, irmãs e futuras arquitetas Patrícia Gonçalves Teixeira, 21, e Thaís Gonçalves Teixeira, 19 anos, contam para nós seus sonhos, formação e trajetórias profissionais. As irmãs que estudam no Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio, foram entrevistadas pela jornalista Cris Dani Yamamoto, e aceitaram contar com detalhes sobre os desafios da profissão escolhida.

01) Como você decidiu se tornar arquiteta?

Patrícia (a esquerda) e Thais comentam sobre a profissão
Foto: Cris Dani Yamamoto

Thaís: Decidi ser arquiteta porque sempre gostei de arte e buscava trabalhar com algo funcional, que fosse ao mesmo tempo prático e permitisse o uso da criatividade, pois para mim a arquitetura é uma arte edificada.

02) O que significa arquitetura para você?

Patrícia: Significa ver o mundo através das formas e composições, que se unem para trazer bem-estar ao ser humano. É proporcionar qualidade de vida em cada ambiente projetado.

03) Patrícia, como você está para se formar, comente um pouco sobre a sua carreira e formação como profissional.

Patrícia: Vou me formar no final deste ano no Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio em Salto, onde tive a oportunidade de fazer vários cursos internacionais, em países como: Uruguai, Itália, Argentina e Chile que foram de grande valia para a minha formação profissional. Além de estudos de campo na França, Portugal e Espanha. Tive a oportunidade de visitar a mais importante Feira de Arquitetura e Design do Mundo, a Feira Internacional de Milão, a qual traz tendências e tecnologias que inspiram todos do meio, sem contar as visitas a feiras nacionais.

Fiz cursos profissionalizantes também, como: AutoCAD 2D e 3D, Sketchup3D, Studio Max (3D) e photoshop com foco em Render.

04) O que você mais admira na profissão?

Thaís: O que me encanta é a possibilidade de criar, manifestar a minha visão artística baseada no sonho das pessoas, e como cada cliente tem sua personalidade, o projeto torna-se único.

05) E como anda o mercado na área?

Patrícia: Vem crescendo bastante. As pessoas estão se informando melhor a respeito do que fazemos e compreendendo a importância econômica, prática e estética do nosso trabalho.

06) Quais são os projetistas nacionais e internacionais considerados por você?

Patrícia: Considero os seguintes projetistas internacionais: Zaha Hadid, pois revolucionou o modo de ver e sentir a arte na arquitetura contemporânea. Santiago Calatrava, pois sabe combinar perfeitamente a técnica com a estética. Enquanto aos nacionais me identifico com Paulo Mendes da Rocha, pelo destaque que dá aos materiais em suas construções.

As jovens explicaram também os seus planos para este ano
Foto: Fernando Morimoto

07) Como você se inspira para projetar?

Thaís: Viagens, revistas e filmes incentivam a criatividade, e a inspiração vem naturalmente. Tudo pode se tornar inspiração, vide Frank Gehry que se inspirou em sucata para realizar a famosa obra em Bilbao, o museu Guggenheim.

08) Você já deve ter vivenciado várias histórias e momentos em sua vida, você diria que suas memórias influenciam seus projetos, tanto na execução quanto no resultado?

Thaís: Com certeza, tudo o que vivenciamos fica guardado em nosso inconsciente e quando menos esperamos essas memórias se manifestam, e tudo o que projetamos é oriundo dessas vivências em todas as etapas do projeto.

09) Sobre a cidade de São Paulo, o que você acha da arquitetura produzida pelos arquitetos paulistas atualmente?

Patrícia: A cidade de São Paulo é dinâmica e heterogênea, refletindo em uma arquitetura eclética, como o high low (a mistura do simples e do luxuoso) e outros mistos de arte, como a introdução da arte de Rua (Grafite) na arquitetura paulista.

10) No Brasil há muitos projetos arquitetônicos de Oscar Niemeyer, qual é sua opinião sobre esse arquiteto renomado?

Thaís: A organicidade das formas torna os seus projetos únicos e a vivacidade expressa pelas curvas, cria em seus observadores diferentes sensações, através de um ritmo dinâmico. Um exemplo é o Museu da Arte Contemporânea de Niterói, o qual particularmente gosto muito.

11) E quais são seus planos para 2014?

Patrícia e Thaís: Estamos nos dedicando bastante em nosso escritório (G&G Arquitetas Associadas) e planejamos muito trabalho para este ano.

12) Como foi feita a escolha do nome do escritório, onde se localiza e quais os tipos de serviços que o mesmo oferece?

Patrícia e Thaís: Chama-se G&G Arquitetas Associadas, que advém dos nossos sobrenomes Gonçalves. Localiza-se em Indaiatuba, no centro da cidade no Edifício Ambassador. Oferecemos e realizamos todas as etapas projetuais desde o projeto arquitetônico até acabamento e decoração.